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• A Cidade•




FICA A 82 QUILÔMETROS DE ARACAJU, LOCALIZADO NA REGIÃO CENTRO-SUL DE SERGIPE

Historiadores contam que o município apareceu a partir do povoado Lagoa vermelha, que ficava
dentro dos limites da Piedade do Lagarto. Era um simples arraial. Basicamente formado por
sítios que por sua vez atraíam "colonos".

Em março de 1835 foi criada uma escola para as primeiras letras destinados às crianças de sexo
masculino. Mas a evolução era tanto que em 20 de fevereiro de 1857, a freguesia era elevada à
categoria de Vila independente, libertando-se de Lagarto. Em 21 de março de 1870, a Vila passaria
então a se chamar Boquim, que para alguns historiadores seria a simplificado do nome sugestionado
pelo padre Cravo, seriabíblico e significava " terra de chorões".
LOCALIZAÇÃO
Fica a 82 quilômetros de Aracaju, localizado na região Centro-Sul de Sergipe.
ECONOMIA
Em 1881, o município já era de comarca judiciária, o que na prática não se efetivou por causa da
crise do Império.

Depois da Proclamação da República, em 9 de janeiro de 1890, a Câmera municipal de Boquim também é
dissolvida e é formado um Conselho de Independência composto pelo presidente, Benjamim Fernandes
da fonseca, pelo capitulo Felix Franklin de Menezes e pelo major manoel Evaristo de carvalho, os
dois últimos como membro.
O município consegue em 1913 ser contemplado pelo plano de ligação ferroviária dos Estados de Sergipe
e Bahia. Em Boquim as linhas férreas cortaram a cidade e uma estação foi contruída. Além de passageiros,
a ferrovia levava e trazia riquezas. O resultado foi um gigantesco desenvolvimento do comércio e um
grande
estímulo á produção agrícola.
Com a chegada do trem, houve também mudanças nos hábitos sociais em Boquim.Os moradores esperavam os
passageiros com suas melhores roupas. Os hábitos eram os mais requintados e reflexos também se viam na
arquiteturacom influência européia. A situação econômica de Boquim era tão confortável, que em 1918 a
arrecadação do município alcançou a maior de toda a região sul de Sergipe.
Boquim sempre teve a agricultura com principal base econômica, chegando a ser um dos maiores produtores
de frutas do país. Chegando a ter um parque industrial com 63 grandes fábricas, desde descaroçadoras de
algodão até uma potente sapataria. O comércio de Boquim foi um dos mais importantes. Seus mais de 50
grandes lojas faziam transações comérciais com São Paulo, Rio de Janeiro (que era a capital federal),
Salvador e Aracaju. Em 1938 a vila Boquim passou a ser cidade.
Boquim ficou conhecido como um dos maiores produtores de laranja no Brasil. Tudo começou em 1920, com
a chegada das mudas de laranjas "baia". Naquela época predominava o plantio do algodão e a criação de
gado. Germiniano Fernandes da fonseca foi um dos pioneiros da citricultora no município; as primeiras
mudas vinham de alagoinhas (BA).



A ESTAÇÃO: A ESTAÇÃO DE BOQUIM ( OU BUQUIM ) FOI INAUGURADA EM 1913, NA CONTINUAÇÃO DA ENTÃO LINHA DO TIMBÓ

HISTORICO DA LINHA: Inicialmente chamado de ramal de Timbó, a linha que ligaria a estação de São Francisco, em
Alagoinhas, a Sergipe foi aberta em 1887 até a localidade de Timbó, atual Esplanada. Dali para a frnte foi sendo
prolongada aos poucos a partir de 1915 e Propriá somente em 1956, às margens do rio São francisco. Para se ligar
com a linha vinda do Recife naquele ponto, então, somente nos anos 1970, quando a ponte sobre o rio foi contruída
permitindo a interligação ferroviária direta com o Nordeste.

A ESTAÇÃO: A estação de boquim (ou Buquim) foi inaugurada em 1913, na continuação da então linha vinda do timbó, que
desde 1887 não era prolongada. A cidade já existia como município desde 1870. O nome é uma abreviação do nome original,
Boquinha da Mata. "Domingo, oito da manhã. A cidade prepara-se para seu encontro habitual. Roupa engomada, sapatos
lustrados, perfume, brilhantina glostora para os homens e laquê nos cabelos femininos. Sempre no capricho. Ah,os lenços
podiam faltar. Tudo pronto para o momento mais esperado da semana. De todas as ruas saiam enfatiotados em direção à
estação. Às nove, em que ponto, ouvia-se o apito, pouco depois a fumaça. Era o Expresso Estrela do Norte que chegava na
estação de acotovelavam nas janelas. Estava preparado o cenário para momentos de fortes emoções. Os lenços acenando
anunciavam encontros, desencontros, a alegria da chegada, a saudade da partida. Nos meus ouvidos ainda ecoam aqueles
sons agitados: - Olha a laranja de Boquim! - Queijada de Dona Alexandrina. Olha a queijada! - Olha a saladinha.
- Pirulito de Dona Honória. Olha o pirulito!
Cumprimentos daqui e dali, abraços, daqueles de estralo, apertos de mão, beijos, conversas animadas. Tudo isso embalado
pelos chiiiiiiiiiiiis da descompressão da Maria Fumaça, o tolintar do sino, os apitos agudos do fiscale as respostas
roucas da máquina. Último apito. O Estrela do Norte precisa continuar sua viagem. Novamente o ballet dos lenços, desta vez,
molhados de saudade. olhos crecidos pelas lágimas e corações apertados nos que ficavam e nos que partiam. Ogigante desaparecia
por entre a fumaça. Na estação a festa para os que chegaram. Aquele ato multisentimental estava chegando ao fim. Só restava
protagonizar a última cena que era carregar as malas e voltar a mesma peça embora, com personagens diferentes. Se você viveu
momentos assim, pegue o seu lenço e umedeça-o com suas lembranças.
Recordar também é viver! Desculpem, não tive tempo de pegar o meu lenço" (Lenços de Saudade, Antônio José Franca).